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Portugal Agrícola

2011/03/22

O INE-Portugal concluiu a análise preliminar daquela que é a segunda operação estatística mais cara (16,9 milhões de euros) realizada em Portugal em cada 10 anos: o recenseamento geral agrícola.

Menos área explorada, menos explorações (-27%), com dimensões médias um pouco maiores e maior aposta nas pastagens permanentes em prejuízo da terra arável. Estão são algumas das conclusões sumária do INE. O país agrícola continua atomizado com 75% das explorações com menos de 5 hectares mas com as grandes empresas agrícolas a representarem já 25% da superfície agrícola utilizada. Eis um excerto da publicação do INE-Portugal:

“(…) Caracterização do Produtor: o produtor agrícola tipo é homem, tem 63 anos, apenas completou o 1º ciclo do ensino básico, tem formação agrícola exclusivamente prática e trabalha nas actividades agrícolas da exploração cerca de 22 horas por semana. O seu agregado familiar é constituído por 3 indivíduos e o rendimento provém maioritariamente de pensões e reformas. (…)

Nas empresas agrícolas constata-se que:
• A dimensão média é de 142 hectares de SAU, 12 vezes superior à média nacional;
• A idade média do dirigente da exploração é de 50 anos, 12 anos mais novo do que a média nacional;
• Cerca de 40% dos seus dirigentes têm formação superior e destes, metade possuem habilitaçõesespecíficas nas ciências agrárias;
• Empregam cerca de 30 mil trabalhadores, ou seja, 2/3 da mão-de-obra agrícola assalariada comocupação regular;
• Apenas utilizam 3,5 UTA por 100 hectares de SAU, enquanto que a média nacional se situa em 10 UTA por 100 hectares de SAU;
• A utilização dos tractores é mais eficiente, dado que, para explorar 100 hectares de SAU apenas énecessário 1 tractor, enquanto que em média são necessários 5 tractores.

Os dados definitivos estão prometidos para Maio de 2011, nessa altura abordaremos de novo o tema.

Fonte: Estatísticas e Números

3 Comentários:

Casa em que caibas... disse...

...terra que não saibas...

Nas explorações agrícolas, o meio termo pouco pouco.
É preciso ter para cima de 25 ha, para produzir e comercializar algo a sério.
Ou então umas quelhas para a horta da casa e umas árvores de fruto.

Mas falta promover fortemente o emparcelamento, senão continuamos condenados aos minifúndios herdados

Anónimo disse...

Importamos cerca de dois terços do milho que consumimos

Tobias disse...

...Continuamos com falta de "tomates"!

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