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50 trabalhadoras da Shark despedidas

2011/05/06

Segundo o jornal Diário de Notícias (DN), 50 trabalhadoras da fábrica de capacetes Shark, em Carregal do Sal, foram despedidas, provocando um alvoroço na empresa e obrigando à intervenção dos bombeiros e do INEM. Uma trabalhadora foi conduzida ao hospital. A empresa garante que não irá fechar as portas, mas reestruturar a produção.

As 50 trabalhadoras da Sociedade Franco Portuguesa de Capacetes receberam a carta na manhã de ontem, quando se preparavam para entrar ao serviço. A má notícia correu que nem fogo em estopa e rapidamente os 132 trabalhadores temeram pelo futuro da fábrica. "Foi um alvoroço. Houve choros, gritaria e desmaios", disse ao DN sob anonimato uma das operárias. O INEM, que confirmou ter levado para o hospital apenas uma pessoa, colocou uma ambulância na empresa, enquanto os paramédicos e as operárias serenavam as trabalhadoras mais exaltadas.

A meio da tarde, a administração enviou aos trabalhadores uma mensagem a vedar os contactos com a imprensa e a garantir que a empresa ia manter-se aberta.

Ao DN, o administrador da fábrica confirmou o "alvoroço e desmaios na empresa", mas assegurou que "só uma trabalhadora foi enviada para o hospital". Remo Ventura garantiu que a intenção da administração é "reestruturar a produção", mas não quis adiantar quantos trabalhadores serão dispensados, adiando esclarecimentos para segunda-feira. Apesar disso, o administrador assumiu que "foram enviadas cartas de despedimento a 50 funcionárias".

O presidente da Câmara de Carregal do Sal, Atílio dos Santos Nunes, mostrou-se preocupado com o despedimento das trabalhadoras da empresa e vai questionar os seus responsáveis sobre esta decisão.“Esta notícia apanhou-me de surpresa, porque a empresa tem capacidade, não faltam encomendas e não falta matéria-prima”, disse à agência Lusa o autarca. Atílio dos Santos Nunes considera que os despedimentos podem estar relacionados com “uma remodelação de pessoal”, mas pretende esclarecimentos. “Vou tentar saber a razão. Tendo encomendas para entregar e tendo mão-de-obra para aplicar, porque é que estão a despedir pessoal?”, questionou, contando que o encerramento de unidades produtivas noutros países levou ao aumento da produção em Carregal do Sal. O autarca prometeu apoiar as trabalhadoras que venham a ser despedidas, porque a autarquia “não quer que fiquem desempregadas”.

A Shark está em Carregal do Sal desde 2000 e emprega 132 trabalhadores.

1 Comentários:

Anónimo disse...

Tróica?

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