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Dia da Mãe

2011/05/01

MÃE,
APrimavera está a findar,
o Verão vai voltar.
As terras já pariram,
o sol está na crista,
as flores vão murchar.
Que pena, tudo passa!...
Os nossos peitos abertos
ao arado do tempo,
já rasgados foram por tantos anos
e sem piedade.
Tempo belo aquele,
em que teus braços
eram berço côr-de-rosa,
cheio de fadas,
amor e brinquedos
- o meu sonho de criança.
Aí queríamos voltar,
eu sei,
mas não podemos.
Já não posso estar
no teu regaço,
nem sequer junto a ti.
Tudo isto é triste,
Tudo está consumado.
Mas, podemos ainda recordar
os dias do colo, das traquinices,
dos teus cantares, dos teus conselhos,
das tuas meiguices,
e amar-nos bem perto,
apesar desta luta travada
na cara da vida e pela vida
nos ter já separado.
Hoje, vou sonhar.
Relembrar tua ternura,
teu carinho.
Sim, e sonhar também.
Sonhar que mais uma vez neste dia
estarás por perto,
com o teu colo,
com o teu amor
e a tua doçura,
Querida MÃE.
Acácio Costa

6 Comentários:

Anónimo disse...

Se o poema é de quem o assina parabéns.Como é bom ter mãe e quando tal já não acontece como é aqui o caso , lembrá-la deste modo tão terno é maravilhoso.Mais uma vez parabéns.

Anónimo disse...

Gostei muito deste poema.Áinda há filhos que se lembram das mães.Demonstra que é um filho com bons sentimentos.
A foto é da mãe do autor do poema?

Anónimo disse...

Mae!...
Partiste
Tao Cedo
Fostes substituida
Mas nunca igualada
Tao pouco esquecida
Pelos teus filhos
Hoje disperssos
A vida nao para
Na "Conchada"
Fostes sepultada
Distante de onde
Pela primeira vez
Os teus olhos
Viram a lus do Sol
Descansa em "Paz"
Mae.

Anónimo disse...

Que linda e emocionante homenagem !

Anabela C. Costa

Julio Rodrigues disse...

Belíssimo. Parabéns são devidos.

Anónimo disse...

Lindas mensagens. Enchem a alma a todos os filhos que adoram as suas mães. Obrigado aos participantes.

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