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A agricultura está na moda

2011/11/05
Segundo uma entrevista em Le Monde de 2-Novembro-2011, a agricultura é o que está a dar.

O próprio multimilionário Bill Gates foi premiado pelo Programa Mundial Alimentar pelo seu contributo   para a luta contra a fome, ao ajudar a criar um programa que promove a venda directa de produtos do agricultor ao consumidor, reduzindo o custo  com os  intermediários.

Nessa entrevista, Bill Gates recorda que o Banco Mundial tem demonstrado que o desenvolvimento da agricultura é o melhor investimento que se pode fazer para reduzir a pobreza, pois 77% dos pobres no mundo são agricultores, especialmente em África.

Outro artigo na revista The Economist, de 29-Outubro-2011,  fala da inflação nos terrenos agrícolas na última década.   Em termos reais, os  preços das terras mais que duplicaram nos Estados Unidos e aumentaram 135% no Reino Unido.  Esta subida tem sido impulsionada pela redução de taxas de juro para níveis historicamente baixos e pelo aumento de alguns produtos agrícolas como o milho e outros cereais, à medida que a terra passou a dar não só alimentos mas também energia verde.

Alguns analistas avisam que os preços dos terrenos agrícolas podem voltar a baixar quando os juros voltarem  a subir.

Este regresso aos campos terá chegado a Beijoz, a Aldeia que Trabalha?
Os nossos verdes campos estão a ser melhor aproveitados?
Os nossos terrenos valem mais do que antes?
Agora que estamos a ter que pagar as importações a pronto, desde que nos cortaram o crédito externo, há mais procura para a produção nacional?

Podemos orgulhar-nos que os agricultores de Beijoz continuam a dar o seu contributo para a luta contra a fome, há mais de 3000 anos.

7 Comentários:

Anónimo disse...

entao a moda ainda ñ chegou a beijós, pois a agricultura ta na ruina.

Anónimo disse...

Os naturais de Beijós fogem de cá, boa agricultura, é só velhos, os jovens querem chiclas e trabalho na agricultura é para o velho

A. Abrantes disse...

Hoje, na feira dos santos, em Mangualde, um vendedor de castanha (crua) tentava convencer um cliente que a castanha que ele tinha alí para vender era de alta qualidade, que "era castanha judia" e que (ele, cliente) devia aproveitar o preço de 4 euros o kilo porque na próxima feira de Nelas (2º sábado do mês, salvo erro) já seria a 5 euros porque, dizia, isto vai tudo para exportação, que não há castanhas, etc.

Ora aqui está um produto agrícola que pode ter futuro se houver capacidade de responder áquilo que o mercado quer e que, afinal, até há quem compre, nem que seja no estrangeiro.

O mesmo se pode dizer da azeitona, cuja safra está aí,em cheio. Muitos pequenos agricultores (produtores de algumas centenas de litros de azeite) queixam-se, e com razão, que ainda têm os seus potes cheio de azeite da produção anterior.
Com os produtos hortícolas passa-se o mesmo. Em regra são produtos de óptima qualidade, mas por razões diversas, não chegam próximo e ao conhecimento do consumidor. Perdem estes pequenos produtores e perde o consumidor. Mas perdemos todos e perde o país.

A.Abrantes

Bom garfo disse...

Enquanto não perdermos o vício de comer, haverá sempre procura.
Os jovens que abram os olhos.
Vale mais uma enxada na mão do que uma mão vazia.

Anónimo disse...

Eu antes quero ter as maos inchadas!...
Do que a inchada nas maos.

PR e os jovens agricultores disse...

Até o Prsidente da República apela aos agricultores

O que terra dá disse...

Segundo o EXPRESSO de 8 de Outubro de 201,
220 mil agricultores portugueses recebem subsídio para não produzir (dois mil dos quais recebem por ano €250 milhões); há dois
milhões de hectares de território abandonados, sem qualquer cultivo.

Urge alterar isto num país onde 80% dos bens alimentares consumidos em Portugal são importados; 100
mil hectares arderam em 2010; há 600 mil desempregados...
"Se as
fronteiras fossem fechadas durante duas semanas, por qualquer motivo,
morríamos todos de fome"

A Noruega preferiu ficar fora do Mercado Única para proteger a sua agricultura

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