Diz Luisa Candida Pereira d’Amaral, viuva, de Beijós, que seu marido Isidoro Marques Monteiro, preso por motivo de religião nas cadêas d’Oliveira do Conde, é fallecido, sendo sua derradeira vontade ser sepultado na egreja de S. João Baptista de Beijós, onde jasem os restos mortaes de seus maiores. Quer a supplicante cumprir esta ultima vontade de seu marido, e não o póde conseguir sem despacho. Pelo que pede ao meretissimo sr. Juiz ordinario respectivo se digne mandar entregar immediatamente á viuva supplicante os restos mortaes de seu finado marido, a fim de poder dar-lhes sepultura com a brevidade, que o caso requer.
E receberá mercê.
Despacho:
Entregue-se-lhe, e o carcereiro remetterá immediatamente certidão de obito.
Carregal, 9 de janeiro de 1842
Leitura Complementar: A morte de outro preso político beijosense
"preso por motivos de religião" em 1842?
ResponderEliminarSe eu vivesse nesse tempo?
ResponderEliminarJa me tinhsm enfiado uma hostia de estrecnina na na boca.Ainda diziam que morri santo.
Filhos da *P**a*
Francisco Abilio Abrantes
U.S.A.