Foi emocionante ouvir cantar "A Portuguesa" completa, pelas vozes das crianças do Carregal, hoje na Câmara Municipal.
Das outras apresentações interessantes, pode destacar-se a história de Carolina Beatriz Ângelo, uma médica da Guarda, viúva e chefe de família, que foi a primeira mulher a votar em Portugal, e talvez na Europa.
O Prof Augusto José Monteiro, do Ceis XX da Universidade de Coimbra apresentou os manuais escolares utilizados na I República, que investiu fortemente na alfebetização e na educação para a cidadania. O Prof Monteiro recordou que para os republicanos, não havia direitos sem deveres.
A exposição sobre a implantação da República na Câmara também é muito interessante, sobretudo o enfoque nos ideais republicanos, e merece bem uma visita.
A história da implantação da República foi contada com respeito e humor, com a ajuda de uma boneca perguntona, e dos jovens que iam dando voz aos vários elementos da história, incluindo o Mapa Cor de Rosa, a Corôa Real, o Iate Real Amélia e finalmente à República numa varanda transplantada da Câmara Muncipal de Lisboa.
Os jovens eram oriundos de todo o município, pelo que a preparação do teatro involveu muito trabalho e uma logistica especial para preparar tudo e ensaiar fora das horas de aula.
Sem literacia não há democracia.
ResponderEliminarMas até os povos mais letrados se podem deixar levar por um autocrata bem falante.
Essa história da Carolina Beatriz Ângelo é interessante. Para que não se voltasse a repetir o feito, os republicanos trataram imediatamente de fazer sair uma lei assegurando que só os chefes de família do sexo masculino poderiam votar. E foi o Estado Novo que finalmente reconheceu o direito ao voto a chefes de família do sexo feminino.
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