Capela da Nossa Senhora das Areias em Beijoz

 Ainda há quem se lembre de entrar na Capela da Nossa Senhora das Areias em Beijós, que era aberta por ocasião da Procissão do S. João.  Qual será a origem desta capelinha tão longe das praias do Atlântico?

Note-se que em Aveiro, a  Nossa Senhora das Areias festeja-se no primeiro fim de semana de Outubro, pois antigamente esse era o momento em que os pescadores regressavam da pesca do bacalhau e honravam a sua padroeira.

A Capela da Nossa Senhora das Areias pertence à casa que ostenta as armas da familia  Ornelas foi edificada em meados do séc. XVII.

Nela nasceu em 1662 Vicente da Fonseca de Ornelas, Fidalgo da Casa Real e Administrador do Vínculo de Beijós, filho de João de Ornelas e Gamboa, natural do Funchal, Cavaleiro da Ordem de Cristo, doutor em leis e que foi juiz em Coimbra; e de D. Joana da Veiga, natural de Viseu. Os "pais" João de Ornelas e Gamboa e sua mulher Joana da Veiga estão sepultados na Capela Nossa Senhora das Areias em Beijós.

O "filho" Vicente da Fonseca de Ornelas casou com D. Luisa Jacinta de Abreu, da família Castelo Branco de Vila Pouca da Beira e de Oliveira do Hospital, tendo este casal gerado uma dúzia de beijosenses, mas apenas um deles, herdeiro da casa e do vínculo, ficou por Beijós.

Esse "neto" chamava-se João de Ornelas Rolim de Abreu e casou com D. Maria Caetana da Costa Frois, de Cabanas., filha do Dr. Bernardo Craveiro Fróis, n. de Melo, e de Maria Anastácia da Costa Monteiro, n. de Oliveira do Conde.  João de ORNELAS ROLIM DE ABREU, FCR, foi estudante na Faculdade de Leis da UC. 

Um "bisneto" Jacincto Lopes Tavares da Costa de Ornellas pretendeu habilitar-se ao serviço publico e tendo sido «rejeitado por cristão novo» recorreu a testemunhos abonatórios de outros beijosenses em 1786  Neste processo prestaram declarações em 1786 quatro testemunhas beijosenses, a saber, Jozé de Loureiro Lavrador; Jozé da Costa Carpinteiro; António da Costa de Figueiredo Lavrador; Manoel Rodrigues Çapateiro.

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