2010/12/11

Sinos de Beijós sem badalos

No dia 11 de Dezembro de 1842 "amanhecem os sinos sem badallos". "Pensa-se ser manejo de intriga para chamar maior força armada".

Como afirmei num post de 10-3-2010, este assunto viria a ser muito badalado na Câmara dos Deputados. Por exemplo, disse o deputado Vaz Preto, em defesa da acção armada:
«O que quer dizer gente que se diz Catholica Apostolica Romana, porque não gosta do Parocho, apresentado pelo Governo, instituido pelo Ordinario, e Collado, porque não crê nelle; o que quer dizer tirar os badalos ao sino da Parochia, para que os fieis que reconhecem o Parocho não possam ser chamados aos Officios Divinos? Pode alguem vêr aqui outra cousa se não o resultado da mais tyrannica intolerancia, e por isso um grande attentado?»
Resposta do deputado Beirão:
«O roubo dos badalos, quando muito, é um roubo, é um furto; e se querem sanccionar a pratica de mandar destacamentos para onde se faz um roubo, e de não os retirar em quanto o roubo não aparecer, sanccionem muito embora essa doutrina, a que não subscrevo.»

Como já referi aqui, no mesmo 11 de Dezembro fez-se "uma representação" ao Governador Civil, encabeçada pelo regedor.

Sem comentários:

Enviar um comentário