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Portugal descola do fundo da tabela PISA, parabéns

2010/12/07

Segundo a OCDE, Portugal registou uma evolução "impressionante" nos resultados da avaliação de alunos, nos testes internacionais PISA 2009, o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA).

O teste PISA, que é realizado cada 3 anos, avalia os conhecimentos e aptidões dos alunos de 15 anos em matemática, leitura e ciências, as matérias nucleares do ensino obrigatório.

Portugal ocupava o fundo da tabela nos relatórios anteriores e desta vez aproximou-se da média dos países da OCDE, ultrapassando por exemplo a Espanha".

"O que é mais interessante nos resultados de Portugal é que o salto foi conseguido sem sacrificar o equilíbrio dos diferentes níveis de alunos. Não houve declínio no topo para se conseguir a melhoria na base" diz o relatório.

O relatório PISA revela também que "diminuiu o peso das repetições, cujo nível continua alto em Portugal".

Portugal está tanto entre os países com mais progressos na avaliação em matemática (com México, Turquia e Grécia) como no grupo um salto mais significativo em ciências (Turquia, Coreia do Sul, Itália, Noruega, Estados Unidos e Polónia). Portugal é o segundo país que mais progrediu em ciências e o quarto país que mais progrediu em leitura e em matemática.

Parabéns aos alunos, aos professores, aos pais e muito especialente aos contribuintes, que agora recebem mais valor pelo que gastam com a educação das nossas crianças.

6 Comentários:

Tobias disse...

Ainda falam mal das novas oportunidades!... O resultado está à vista! Ás tantas os gajos que fazem esta avaliação baseiam-se em parâmetros muito baixos pois eu não vejo melhoras!...

The Economist disse...

Enquanto uns discutem a metodologia, outros discutem como melhorar os resultados:

Diz The Economist:
"Para prosperar, um país necessita uma força de trabalho instruída... e a Grã Bretanha está a escorregar na tabela e a afastar-se dos melhores, a Coreia do Sul e a Finlândia.

Os resultados mostram que muitos países conseguem resultados excelentes sem gastar muito dinheiro, pois a despesa com a educação explica apenas 9% das diferenças nos resultados.
Os países no topo da tabela têm turmas grandes, ensinadas por ÓPTIMOS PROFESSORES. Nestes países, é mais difícil entrar para o ensino, e o alto nível de exigência começa com os próprios professores.
Os outros países do fundo da tabela têm turmas mais pequenas mas com professores mais fracos, recrutados entre os candidatos de menor nível.
E os maus resultados do Reino Unido estão concentrados em Gales, onde deixaram de publicar as tabelas de resultados das escolas."

PPP Lusofonia disse...

Em 2000, Brasil apareceu pela primeira vez nos testes PISA, no fundo da tabela.

Em 2009, o Brasil ficou no 53º lugar em leitura, entre 65 países, e em 57º a matemática.

Os resultados melhoram mas o Brasil ainda fica muito aquém de países concorrentes, apesar de gastar mais com a educação do que a média dos países. Em partes do país, professores podem faltar 40 dos 200 dias de aula sem perder salário.

beijokense disse...

Cara Micas10 aka The Economist,
o que a OCDE diz sobre o que está correlacionado com bons resultados, resumi neste post que escrevi em 10 de Dezembro - espero que tenha tido a oportunidade de ter lido, caso contrário ainda está a tempo. Leia a bottom line em voz alta :)

Para quem ache útil, aqui fica o que eu mais saliento desse resumo:
AUTONOMIA
RESPONSABILIDADE
PROFESSORES BEM FORMADOS E BEM PAGOS

P.S. a questão do tamanho das turmas é um erro de interpretação (não sei se seu ou se da Economist, uma vez que não estou com tempo para ler agora o artigo).
O que a OCDE diz é que, a nível global, considerando a massa salarial dos professores, pode-se gastar o mesmo pagando mais a cada professor tendo turmas maiores ou pagando menos a cada professor tendo turmas mais pequenas.
Transcrevendo da p. 50 do relatório que citei nesse post:
«At the level of the education system, accounting for the level of national income, the only type of resource that PISA shows to be correlated with student performance is the level of teachers’ salaries relative to national income. As shown in Chapter 3, teachers’ salaries are related to class size in that if spending levels are similar, school systems often make trade-offs between smaller classes and higher salaries for teachers. The findings from PISA suggest that teachers’ salaries are correlated with overall performance, such that school systems that choose to invest in higher salaries for teachers show higher-than-average student performance

Geeg Mankiw's blog disse...

Um professor acima da média produz alunos acima da média, que auferem rendimentos acima da média ao longo da suas vidas profissionais.

Até há quem consiga calcular o valor acrescentado por um bom professor !

Valor acrescentado das escolas e dos stôres disse...

http://www.fle.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=270

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