Em 12-3-2007 publiquei no Beijós XXI a afirmação do Presidente da Junta de Freguesia de Boaldeia de que o encerramento das escolas levaria ao fim das freguesias. Perguntava eu: «será mais vantajoso integrarmo-nos na escola (e freguesia?) de Cabanas?».
Hoje, no jornal Público, o Professor João Ferrão pergunta: «Numa área em que a densidade populacional já não justifica uma extensão do centro de saúde e uma escola, faz sentido ter uma junta de freguesia?».
A escola de Beijós ainda não encerra este ano lectivo, mas está na calha, desde que se cumpra a carta educativa. A freguesia poderá levar mais algum tempo a encerrar...
Ou, nas sábias palavras de uma aldeã de outra freguesia, «Vai tudo para os grandes centros, é uma maravilha. É o desenvolvimento moderno».
Ler também: E porque não poupar nos transportes?
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A Freguesia de Beijós vai passar à História
2010/08/29
Postado por
beijokense
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às
13:53
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Temas: Beijós, Escola, História de Beijós, Município de Carregal do Sal
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6 Comentários:
É que agora nem Cabanas.
Vai tudo para Viseu, fecha-se o Concelho de Carregal.
So faltava essa:acabava-se com uns quantos gameloes.
O pais poupava uns largos milhoes.Vai dar tudo na mesma, fabricam-se outros e mais fortes.
Em relação à escola de Cabanas parece haver alguma confusão. A escola não vai fechar, o que vai acontecer é que vai integrar um novo agrupamento sediado na Escola secundária do Carregal, mas isso é em termos de direcção e secretarias. A população não se deve preocupar com isso porque é dificil de explicar.
Pois a população deve-se preocupar, porque o mais provável é em Cabanas ficar só o primeiro ciclo e o pré-escolar, não neste próximo ano lectivo, mas talvez nos seguintes.
Pessoalmente acho que é uma grande perda para a freguesia de Cabanas e de Beijós a escola ter integrado o mega agrupamento.
A Freguesia de Beijós tem mais residentes do que a esmagadora maioria dos Municípios de Espanha. P. ex., se procurarmos na lista de Municípios da Provincia de Salamanca, aqueles que têm uma população semelhante à Freguesia de Beijós, verificamos que têm não apenas escola, mas também biblioteca, centro cultural, instalações desportivas e... praça de touros. Tudo o que, em termos práticos e simbólicos, é preciso para manter a identidade de uma comunidade.
Do lado português, o facto de os municípios terem uma dimensão muito superior à dos espanhóis deu origem a um sacrifício das aldeias para concentrar os equipamentos colectivos e os serviços nas sedes de concelho. Um movimento que começou por "secar" tudo em volta das sedes de concelho de Trás-os-Montes, Douro e concelhos raianos da Guarda e de Castelo Branco, mas que rapidamente se vai alargar a todo o Portugal rural.
Infelizmente, de nada vale o sacrifício, já que as sedes de concelho absorvem apenas uma pequena parcela dos que "fogem" das aldeias.
Quanto à extinção do Agrupamento de Escolas Aristides de Sousa Mendes, considero-a um erro:
1) Primeiro, porque não compreendo a vantagem de "integrar" a gestão dos jardins de infância e escolas básicas na gestão de uma escola secundária;
2) Segundo, porque não vejo vantagem de a gestão ser concentrada na sede de concelho;
3) Terceiro, porque o ME impôs a decisão, contra a vontade expressa dos agentes do ensino, da população e dos seus representantes locais (Juntas de Freguesia, Câmara Municipal e Assembleia Municipal).
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