“Uvas e Romãs”... doces.
Passados alguns meses sobre as últimas eleições autárquicas ficam algumas considerações sobre aspectos da actividade dos novos órgãos municipais de Carregal do Sal.
1 – Saiu o jornal da Câmara “Uvas
e Romãs” – é uma boa iniciativa. Fala das deliberações do executivo, de empresas do concelho, entre outros
assuntos.
Pelo menos não cai na velha
tentação de “endeusar” o presidente da Câmara como é muito frequente ver-se por
aí em que as “revistas” camarárias não passam de propaganda eleitoral do
presidente, mesmo que fora de tempo, em comezainas com amigos (à custa do
erário público), a cortar a fita ou a lançar a primeira pedra de obras banais,
públicas ou dos seus correlegionários privados.
2 – A Assembleia Municipal acaba
de estipular sessões ao fim do dia (20:00 horas), o que é de louvar.
As reuniões públicas de executivo (Câmara), “na 4ª sexta-feira de cada mês” também se iniciam “às 20:00
horas”.
É muito saudável que se facilite
a participação dos munícipes.
3 – Não ficaria mal que a Câmara
Municipal e a Assembleia Municipal estabelecessem um calendário de debates, devidamente
programados, sobre temas que interessam ao município para os quais importa
mobilizar os munícipes mas também as mais diversas instituições privadas como
empresas, associações culturais, instituições de solidariedade, bombeiros, etc.
promovendo a sua participação activa nesses debates.
Dois temas, a título de exemplo: 1)
cuidados a ter na manutenção da floresta e no uso do fogo na época estival ou
sempre que haja risco de incêndio florestal – nunca é de demais falar sobre
isto; 2) o uso (e abuso) de herbicidas e pesticidas por parte de todos, de juntas de freguesia,
de privados, etc. muitas vezes sem critério e desconhecendo os reais efeitos
nocivos desses produtos.
Mas podíamos falar noutros temas:
a indústria no concelho, a formação e a obtenção de qualificações
profissionais; a preservação do património histórico-cultural do concelho e sua
promoção turística, etc.
A abordagem de cada um destes
temas poderia culminar numa conferência com a participação de especialistas e
formas práticas (não dispendiosas) de divulgação e sensibilização públicas.
Mas tudo isto não tem que ser à
custa de grandes orçamentos porque também não tem que haver jantares ou grandes
festanças para o pagode...e novas eleições ainda estão longe.
António Abrantes
VER http://www.carregal-digital.pt/pt/articles/category/noticias
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