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Salvar a Ribeira de Beijós dos abusos do poluidor

2014/07/20
Esperamos que o Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente,  também conhecido por GNR Verde -SEPNA, cuja missão é zelar pelo cumprimento da legislação ambiental, identifique rapidamente os culpados deste evidente crime ecológico na Ribeira de Beijós, Carregal do Sal.  

A Ribeira de Beijós é o principal curso de água a atravessar a aldeia, e do qual depende economicamente a maior parte da população desta  Aldeia que Trabalha, sobretudo na agricultura.  

A queda de água do Poço da Relva, onde os rapazes se refrescavam antigamente, hoje domingo mais parecia uma gigante máquina de lavar roupa, tanta era a espuma.    

A aldeia histórica de Beijós existe há mais de 3.000 anos, precisamente pela sustentabilidade dos nossos ribeiros e prados.  Os vizinhos agora suspeitam que tenham sido feitas descargas em alguma fábrica, provavelmente no município de Nelas que nos fica a montante. Já não é a primeira vez. 

Vamos fazer para que seja a última. Aguardamos a tomada de medidas imediatas, no Carregal e em Nelas, onde quer que esteja a origem, para estancar e inverter esta poluição. 
SOS  ambiente e território – 808 200 520 (24 horas)

14 Comentários:

A. Costa disse...

Duas situações intoleráveis de poluição:

Uma a 6 de Julho (denunciada aqui, no Beijós XXI ) e outra hoje, 20 de Julho. Tudo indica que seja o mesmo tipo de poluição e com a mesma origem.

As pessoas olham para aquela espuma toda na ribeira e ficam como que paralisadas. E agora, perguntam-se.

A muitas pessoas de Beijós, e creio que de outras povoações afectadas, como é o caso da Aguieira, coloca-se agora uma dúvida muito concreta. Podem ou devem utilizar a água da ribeira, tal como ela se apresenta, para a rega agrícola? O que vai acontecer ao milho e a outras culturas?

No dia 6 deste mês terá comparecido a GNR de Mangualde e terá recolhido amostras.

Hoje (20) veio a GNR de Santa Comba Dão, após denúncias telefónicas e terá recolhido amostras.

À Câmara Municipal de Carregal do Sal cabe investigar e descobrir os responsáveis, para que esta situação não se repita e proceder criminalmente contra os autores sejam eles autarquias, empresas ou outros.

Isto não pode continuar! Ficarmos parados é aceitar a situação.

Há muitos valores em causa: saúde pública, rendimentos, ecologia, etc.

Micas10 disse...

Vejam as memórias do Poço da Relva em http://beijoscincoaldeias.blogspot.pt/2010/10/beijos-no-mes-de-agosto-de-2010.html

A. Costa disse...

STOP a descargas poluentes, já e em definitivo!

A poluição em causa vem de uma estação de efluentes urbanos a jusante de Nelas (a Ribeira de Beijós nasce exactamente a poente de Nelas, junto à estrada circular de Nelas, recinto onde se realiza a feira mensal).

A câmara municipal de Nelas terá autorizado uma empresa industrial ali perto a canalizar os seus efluentes para a referida estação de efluentes urbanos que dantes seguiam para a Ribeira da Pantanha, que nasce junto à Urgeiriça e desagua no Mondego, nas Caldas da Felgueira.

Não podemos aceitar que uma empresa de capitais estrangeiros (nacionais que fossem) venha, de países ditos civilizados e muito desenvolvidos, com promessas de algumas dezenas de postos de trabalho, dar-se ao luxo de não tratar devidamente os seus próprios efluentes, não assumir esses custos, só porque somos brandos, gente de paz, mesmo que nos lancem lixo para cima, no caso, poluição de que ainda não se sabe bem a perigosidade, que não será pequena, pelo efeito que está a ter na vida selvagem, já bem visível.

beijokense disse...

Pelo que é dito aqui, a Câmara de Nelas admitiu a origem do problema. Tal como se previa, o encaminhamento dos efluentes da Borgstena para a ETAR 2 de Nelas deu mau resultado. Agora, enquanto melhores soluções não forem encontradas, resta que a CMN cumpra a palavra e devolva a poluição à Pantanha :(
Depois falaremos, porque ainda há mais assuntos a tratar no que respeita aos efluentes de Nelas.

A. Costa disse...

Tudo indica que a Câmara M. de Nelas é a responsável directa por tais descargas poluentes.

Logo após 6 de Julho, o presidente da Câmara de Nelas ter-se-á comprometido a não efectuar mais descargas. Mas falhou. Não cumpriu.

Empresas industriais na nossa região são bem-vindas. Mas empresas que não tratam devidamente os seus efluentes, que fazem bons lucros à custa de toda uma população que nada tem a ver com esse negócio, são empresas que não interessam e que as autoridades (câmaras municipais, Ministério do Ambiente, etc.) têm a obrigação de pôr na ordem.

Talvez quando chegar ao conhecimento dos poluidores um pedido de indemnização de várias centenas de milhares de euros pelos danos causados, imediatos e diferidos, talvez acordem e pensem que que o crime não será assim tão compensador.

Impõe-se, por isso, além de registar devidamente todos os eventos (já são dois em quinze dias), efectuar análises às águas no momento dos casos mas também fora deles e começar a fazer contas aos prejuízos presentes e futuros.

Acredito que a Junta de Freguesia de Beijós e a Câmara M. de Carregal do Sal tudo farão para colocar um ponto final no desmando e resolver o problema em definitivo.
A ver vamos!

Ricardo Santos disse...

A câmara municipal de Nelas terá autorizado uma empresa industrial ali perto a canalizar os seus efluentes para a referida estação de efluentes urbanos.

Estação que já recebia residuos de outras empresas



...Não podemos aceitar que uma empresa de capitais estrangeiros (nacionais que fossem)...

Os investidores e capital como é normal hoje em dia são na maioria, mas, a sede é cá em Portugal

...com promessas de algumas dezenas de postos de trabalho...

largas centenas

...dar-se ao luxo de não tratar devidamente os seus próprios efluentes, não assumir esses custos......

falta de informação, esta empresa desde há 3 anos tem investido mais no tratamento dos seus residuos com o alargamento da etar interna, construção de uma estação elevatória para uma melhor separação dos residuos solidos etc etc, falta de investimento não faltou.

Existe uma grande preocupação com os residuos, temos regras rigidas, posso dizer-lhe que a produção já parou em várias ocasiões devido a uma falha na ETAR interna, os efluentes antes de irem para a estação da cãmara são tratados em diversas fases na nossa etar e só depois são enviados o que destoa em muito do que se viu aqui na Ribeira.

Não podemos apontar (na minha opinião) o dedo acusador sem se saber o que realmente se passa, a guerra entre a câmara e a empresa já vem de algum tempo e com outros motivos.

Carlos Peixeira Marques disse...

A entidade que gere a ETAR que "alimenta" a ribeira é a CMN, não é nenhuma empresa industrial.
É à CMN que temos de exigir uma actuação dentro das regras - infelizmente, há poucos municípios portugueses que não tenham telhados de vidro no cumprimento das regras ambientais :(
Somos um país com magníficos estádios de futebol, escolas de arquitectura arrojada, aeroportos sem aviões, autoestradas às moscas e rotundas impecavelmente regadas... mas com graves deficiências de saneamento básico. É como usar sapatos impecavelmente engraxados, mas com as solas rotas... basta cruzar a perna...

VIVEIROS-BATISTA disse...

Ricardo Santos , ate entendo que estejas preocupado com o teu posto de trabalho , mas preocupa-me a tua opinião , quanto mais não fosse pelo facto de morares junto a ribeira em causa.
pois uma coisa podes ter a certeza , que se o povo de beijós se mostrar unido há causa , sou a primeiro a fazer o que for necessário para que a Borgstena sofra na pele todo o mal que tem feito as populações, e fico muito mais contente com a perca de centenas de postos de trabalho , se com isso conseguirmos salvar a nossa ribeira , da qual dependem varias famílias , e a saúde e bem estar de milhares de pessoas .
Por isso apelo á união de todos os beijosenses por esta nobre causa , vamos deixar de ser meros espectadores e vamos ser atores nesta longa novela que se avizinha.
E não se esqueçam que o nosso principal inimigo é a Borgstena , que tem como aliado a CMN , e ñ o contrario.
tenho dito

PPP Lusofonia disse...

Temos que lutar pela sustentabilidade de Beijós, uma Aldeia Verde há centenas, senão milhares de anos.
Temos que aplicar as leis em defesa do ambiente, pois é no "deixar andar" que estão os maiores riscos económicos.
Tolerância zero com o poluidor. Exigimos uma solução imediata.

Ricardo Santos disse...

... mas preocupa-me a tua opinião , quanto mais não fosse pelo facto de morares junto a ribeira em causa....

João tens de me explicar onde é que eu escrevi que estou a favor da poluição na ribeira, reli o meu comentário e não percebi como chegaste a essa conclusão, é evidente que ninguém quer a poluição na ribeira.

Trabalho lá há 4 anos (não posso falar do que aconteceu antes porque não estava lá), desde ha 4 anos que tem investido no tratamento dos residuos através do alargamento da estação de tratamento interna, aumento da mesma, compra de maquinaria mais eficiente etc etc, se no dia a dia verifico que os residuos são tratados e são enviados para a estação da câmara aparentemente "incolores/transparente" não posso dizer o contrário porque o que se viu aqui nestes 2 dias na ribeira é o oposto do que é enviado para a estação, aliás todos os anos tem havido descargas ilegais aqui na ribeira e muio mais mal cheirosas mas são feitas durante o Inverno e nunca se falaram nelas, nessa altura a empresa aqui referida não enviava os seus residuos para lá, também foi ela nessa altura?

para que fique esclarecido estou contra a poluição, mas não vou dizer que é a empresa "x".

Não é porque possa perder o meu trabalho mas sim porque a realidade que vejo todos os dias devido á especificidade do meu trabalho não é essa.

Como Beijosense fico contente com a vossa atitude de resolver o assunto, coisa que o executivo anterior nunca fez (publicamente e que eu tenha tido conhecimento) com as várias descargas nos últimos anos.

Carlos Peixeira Marques disse...

Se goglarem azu pantanha borgstena, podem fazer a história do que se tem passado nos últimos cinco anos.
O que eu leio é que os "ambientalistas" reconhecem o esforço da empresa e de que foi a CMN que não cumpriu o acordado.
Falando agora só dos últimos meses:
- foi a CMN que foi intimada pelas autoridades ambientais a resolver o problema
- foi a CMN que, com grande visibilidade mediática, anunciou a solução que "todos" sabíamos que não iria dar certo (eu compreendo por que o fizeram, sei que o dinheiro não nasce nas árvores, mesmo num ambiente não poluído)
- foi o Presidente da CMN que "garantiu" ao Presidente da CMCS que os nossos receios eram infundados
- foi o Presidente da CMN que «lhe prometeu que iria novamente desviar os resíduos industriais para a ribeira onde eram descarregados antes».

Embora esteja como S. Tomé, acredito que esta última promessa vai ser cumprida em breve. No entanto, isso não nos deve deixar descansados, por causa «do problema das ETAR´S no Concelho de Nelas, problema este, que não dispensará o recurso ao Quadro Comunitário de 2014 a 2020». E, já agora, das do nosso concelho.

VIVEIROS-BATISTA disse...

ok Ricardo, se calhar tens razão , foi uma infeliz coincidência para a Borgstena , dois dias depois de serem ligadas as bombas dos resíduos para a etar de nelas ,a poluição chegar a Beijós.
Quanto á cor da água , é claro que não pode chegar aqui incolor, pois ela esta a entrar na etar , e como o caudal é tanto e a dita etar não tem capacidade para a suportar , são arrastados resíduos que nela se encontrão já ao longo de vários anos , o que faz com que a agua chegue negra a nossa ribeira.
Carlos Peixeira , com certeza tens razão no que escreves, mas foi a Borgstena que pressionou a camara para assumir essa responsabilidade em troca dos postos de trabalho, empresas dessas não são bem vindas.

Ricardo Santos disse...

João ninguém é dono da verdade absoluta apenas comentei o que esta empresa tem feito desde que lá estou ano após ano, depois do grande investimento feito a água residual é (já era) tratada internamente e só depois enviada para a estação.

Se a dita estação tem capacidade para receber os residuos da empresa não sei mas deveria ter sido estudado antes.

Quanto á coincidência, as descargas salvo erro são feitas pela etar da câmara que se calhar em vez de investir no tratamento das mesmas nos dias de chuva lá liberta um bocado para o rio para poupar como foi feito em 2013, 2012, 2011 etc...se pesquisares encontras fotos de 2009 com descargas feitas para a ribeira de Beijós dessa mesma étar.

com tudo isto não quero ser mal interpretado, estou contra a poluição mas vejo (e os ambientalistas pelo que o Carlos disse) o esforço feito por a empresa para tratar as águas residuais, toda a gente aponta o dedo mas essa etar recebe águas residuais de outras empresas se calhar até nem são tratadas internamente, será que essa empresa é a única em redor a trabalhar com quimicos e enviar residuos para a dita estação?

Não á poluição mas tem de se apurar os culpados estudanto o processo todo e quais as empresas que para lá enviam residuos préviamente não tratados.

Quanto ás pressões de parte a parte não posso comentar porque não "estou dentro da politica".

A. Costa disse...

Como é referido o problema não é novo no que respeita à Ribeira de Beijós e tudo indica que descargas poluentes, com mais ou menos caudal na Ribeira, vão continuar.

Sem pôr em causa todas as diligências pela Junta de Freguesia, pela Câmara Municipal de Carregal do Sal e outras, terá chegado a hora de agir.

Com grandes obras ou pequenas, com grandes investimentos ou sem eles, não podemos tolerar qualquer outra descarga poluente, pequena ou grande, na Ribeira de Beijós.

Porque é que a entidade poluidora não contrata auto tanques e transporta esses efluentes para estações de tratamento apropriadas, à custa dessa mesma entidade?

Porque é que são as populações a jusante a suportar os custos dessa actividade, com elevado risco ambiental?

Não há progresso com poluição. Empresas poluentes não têm, sequer, futuro.

E as autarquias que aceitam esse jogo “sujo” estão a apostar no cavalo errado.

A Câmara Municipal de Nelas precisa de saber que as populações da bacia da Ribeira de Beijós prezam a boa vizinhança (e o progresso da região) mas não são nenhum “caixote de lixo”.

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