De mangas arregaçadas e caneta em riste,
João Crisóstomo é quase tão bem sucedido como activista voluntário como na sua vida profissional. Os beijosenses e cabanenses recordam-se de João Crisóstomo e de
António Rodrigues, de capacete e ferramentes na mão, a escourar a ruina da
Casa do Passal e a reparar os grandes buracos do telhado.
(Com a passagem do tempo, os buracos voltaram a aparecer e estão cada vez maior como se pode ver nas fotos do recente
Carnaval). De passagem por Lisboa, João Crisóstomo tem se reunido com outros
Amigos de Sousa Mendes e está a promover uma série de missas de acção de graça pela consciência e altruismo de Sousa Mendes, no 70º aniversário do Dia da Consciência em Junho 2010.
A revista da TAP Up Magazine publicou um artigo recente sobre João Crisóstomo, o Mordomo Activista. A viver em New York há 34 anos, João Crisóstomo continua a dedicar o seu tempo livre a lutar pelas causas em que acredita, quase sempre relacionadas com Portugal e os portugueses. Tudo começou com a campanha para salvar as pintura rupestres de
Foz Côa. Depois contribuiu para a auto-determinação do povo de
Timor Leste .
João Crisóstomo foi criado numa familia católica e tem vários familiares religiosos. Foi seminarista num seminário franciscano, mas depois a sua vida seguiu um percurso que é no minimo sui generis. Saiu de Portugal para aprofundar os conhecimentos em linguas, tencionando depois regressar e dedicar-se ao turismo. Mas a vida reservava várias surpresas. Andou por Inglaterra, França e Alemanha, sempre a trabalhar na área de hotelaria e a estudar francês e inglês. Depois rumou ao Brasil, onde trabalhou num hotel e estudou hotelaria. A convite de um professor, foi até aos EUA, onde estudou na
Cornell University. Quando se preparava para regressar ao Brasil, soube de uma senhora a precisar de um mordomo:
Jacqueline Kennedy Onassis Neste trabalho como mordomo, e depois como maître de um banco, têve contactos com diversas altas personalidades americanas da politica, do jornalismo e da finança, o que tem facilitado a outra actividade como defensor de causas.
As causas que têm beneficiado do seu empenho têm-se sucedido umas às outras, em cartas a jornalistas, politicos e todos os que possam ajudar seguidas de telefomenas e títulos de jornal.
Depois da campanha de Foz Côa, empenhou-se fortemente no apoio a Timor Leste. No âmbito desse movimento LAMETA, conheceu uma advogada americana, Anne Tresseder, que trabalhava na California com John Paul Abranches na reabilitação do nome de Aristides de Sousa Mendes. Só então ficou a conhecer esta história que foi tabu em Portugal durante décadas.
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