Como referi num post de 20 de Fevereiro, o envio de uma força armada para Beijós, no final de 1842, foi motivo de uma interpelação do deputado Caetano Beirão. Essa interpelação ocupou quase a totalidade do período antes da Ordem do Dia da sessão parlamentar de 13-1-1843, tendo sido mais discutida e - literalmente, como haveremos de ver! - mais badalada do que a Ordem do Dia.
Pela sua importância, pretendo divulgar aqui os principais excertos da sessão parlamentar, bem como outros documentos relacionados que encontrei, numa espécie de folhetim... comecemos então com o essencial da primeira intervenção do deputado Beirão:
Translate
Estado de Sítio em Beijós - 2
2010/03/10
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
3 Comentários:
O Jornal Portugues:
Na sua ultima idicao, de a cerca 10 anos que deixou de se publicar.Em U.S.A.
Porque o governo portugues cortou-lhe a maquia, 10 mil (dollars)ano.
Informava esse corte, mas que nao cortou nos 50 milhoes de dollars, a enviar anualmente ao Vaticano. Segundo a concordadta assinada pelo governo portugues.
O trabalho dessa ceita e incutir , o que lhes convem.
Mas!...
Para ler e escrever teem que, ir para a escola.
E, agora que estamos na quaresma,teremos que comprar a "bula", para que eles comam os bifes,
especialmente a (sexta-feira), comprado, com esse rendimento colectado.
Espertos.
Francisco Abilio Abrantes
U.S.A
Entre o credo e a baioneta.
«...a força armada... tem sido empregada para forçar os parochianos de Beijóz (...) a confessar-se» ao padre.
Caramba
digo eu
Por volta do ano de 1840,existia em Lisboa um burlao, de nome Jose Eloyo.
Como , bom e ferveroso catolico temente a Deus, custava-lhe faltar aos preceitos da Santa Madre Igreja!
E, numa sexta-feira dia de magro, embora tivesse deixado uma postinha de carne que lhe tinha ficado de hontem. E que tanto lhe tinha custado a palmar, ao lorpa do cortador.
Mas!...
Era necessario cumprir os preceitos da igreja.
O Jose Eloyo, pos em pratica os seus recursos!...
Deus me absolvera, mais este pecadilho, pela intencao piedosa.
Esperou por uma pobre peixeira, era apenas para cumprir os preceitos da religiao.
Conhecedor do meio, aparece a porta de de um predio,e, com passo estugado, apresenta-se com criado dos moradores do segundo andar.
A pobre peixeira pois a canastra do peixe,e ele analisa como bom entendedor e perguntou o preco.
Nunca achava caro!...
Pegou no melhor peixe,a sua ama era muito exquesita, foi mostrar-lho. Muda de farpela e sai pela porta de traz.
A pobre peixeira espera alguns minutos, como ninguem aparece, comecou por bater e chamar para o segundo andar, pedindo dinheiro do peixe.
Surgiu grande algazarra,e o Jose Eloyo assistia ao largo, a dicussao.
Dizendo para os seus botoes, para hoje ja posso comer bem, sem ofender a Deus.A manhan vou a confissao, serei perdoado.
Foi apenas para cumprir as suas leis da religiao.
Francisco Abilio Abrantes
U.S.A.
Enviar um comentário