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Lusitânia

2011/01/28
Quando vi a pompa com que este projecto foi apresentado, não pude deixar de me lembrar do Viseu Digital. Ora, parece que o principal gestor do projecto, a Agência de Desenvolvimento Regional denominada Lusitânia, anda agora nas bocas do mundo por causa de uns dinheiros que foram "executados".

Vejamos o que diz o DN:
«A associação, que existe desde 2002 e vai agora ser extinta, criou sites na Internet que não funcionam e uma plataforma para o Governo electrónico de 16 autarquias dos distritos de Viseu, Coimbra e Guarda, que apresenta problemas e vai ser encerrada. Apesar dos milhões de euros gastos, a União Europeia vai voltar a financiar um novo projecto de rede de comunicação e informação digital.»
Para mim, o que diz o presidente da Câmara de Viseu não é nada surpreendente e é muito relevante: «Nós fomos empurrados para a Lusitânia para realizar um projecto que poderíamos ter feito melhor sozinhos».
Não sei se o DN perguntou a Fernando Ruas quem o empurrou, mas sei que a própria política que está na base da arquitectura do QREN e programas similares facilita estes empurrões. Ora leiam: «São susceptíveis de financiamento no âmbito do presente regulamento, as operações que visem a preparação de parcerias estratégicas para a implementação de iniciativas inovadoras para o desenvolvimento territorial, bem como a promoção de projectos inovadores com elevado efeito demonstrativo, que, simultaneamente, permitam a densificação e qualificação das redes de instituições regionais de apoio ao desenvolvimento em exercício de funções.» (sublinhados meus) Perceberam?

5 Comentários:

Anónimo disse...

Agora parece que perceberam porque é que o Municipio do Carregal está fora de alguns projectos.
Sra. Micas, precisa de mais algum esclarecimento?

Quinto e final disse...

Parece uma história mal contada.

Fernando Ruas não será assim tão inexperiente para ceder a empurrões.

Leitor DN disse...

Segundo o DN, parece que os 25 milhões de euros dos contribuintes foram mal aplicados e ficámos mal servidos, em projectos de
• Prevenção e Promoção do Sector Florestal;
• Desenvolvimento da Sociedade do Conhecimento e Difusão das Tecnologias da Informação e Comunicação;
• Estudos de Âmbito Regional;
• Formação e Qualificação Profissional;

Não se conseguem consultar os Relatórios e Contas que dizem existir? Quando se trata de dinheiro dos contribuintes, é essencial tirar as dúvidas.

A Lusitania ADR é uma parceria criada em 1998, e os responsáveis serão os membros da Direcção para o quadriénio 2006-2010, que foram eleitos, por unanimidade dos Associados presentes na Assembleia-Geral realizada a 6 de Junho de 2002.
• Presidente: Município de Tondela
Representado por Marina Olga Fonseca Egrejas Leitão Amaro
• Vice-Presidente: Instituto Superior Politécnico de Viseu
Representando por Idalina de Jesus Domingos
• Vice-Presidente: Associação Empresarial da Região de Viseu
Representado por José Augusto do Amaral Tavares
• Vogal: Município de Vila Nova de Paiva
Representando por Manuel Marques Custódio
• Vogal: Município de Vouzela
Representado por Eugénia Maria da Rocha Liz

NelsonMartins disse...

Pelas notícias vindas a público, e é com base nelas que escrevemos, será interessante saber a razão pela qual não tendo os Órgãos Sociais da Lusitânia apresentado as contas referentes aos anos de 2006 e seguintes não foram demitidos pelas entidades que representavam (CM Tondela (Presidência), ISP Viseu (Vice-Presidência), AERViseu (Vice-Presidência), CM V.N.Paiva (Vogal), CM Vouzela (Vogal)). Outra questão, não menos importante, será saber a razão pela qual a quase totalidade dos restantes associados (Câmaras Municipais de Aguiar da Beira, Carregal do Sal, Castro Daire, Mortágua, Nelas, Penalva do Castelo, Santa Comba Dão, São Pedro do Sul, Sátão, Tábua e Viseu - para além das mais 11 entidades privadas) se remeteram ao silêncio.
É urgente que as entidades próprias investiguem e atribuam responsabilidades - a culpa não deve ficar solteira ...

Anónimo disse...

Esse dinheiro era mais bem empregue no Beijós XXI, Pardieiros OnLine, Povoa da Pegada, Beijós Cinco Aldeias e outros.
Repare-se que constituem uma verdadeira Rede de Comunicação e Informação Digital sendo naturalmente iniciativas inovadoras para o desenvolvimento territorial.

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