Há mais de 25 anos os empregos em Beijós e no Concelho de Carregal do Sal, resumiam-se às obras e à resina.
Entre 1981 e 1984 estes três beijosenses trabalharam muitas vezes juntos na "colha" recolha de resina.
A colha consistia em recolher com uma espátula metálica com cabo de
madeira, a resina dos "caçoilos" que colocados nos pinheiros bravos, aparavam o pês que escorria.
Com as latas cheias (cerca de 18 kg) eram despejadas em bidões "barris", quando o barril estivesse cheio o dia estava ganho, assim estes amigos enchia em parceria três barris, ganhando cada um 500$00 (2,5€) por dia em 1983.
No dia 01JAN2011, mais de um quarto de século depois encontraram-se em Beijós.
Sérgio (Lisboa), João (Alemanha) e António (Leiria e agora em Beijós), muitas histórias ficaram para relembrar em próximas oportunidades.
Os tempos difíceis são para ser superados.
10 Comentários:
«Pedras no Caminho.
Guardo todas, um dia vou construir um castelo...»
Fernando Pessoa
Beirão, é uma bonita citação, mas o seu autor não é Fernando Pessoa, mas sim um fulano chamado Nemo Nox.
Cumprimentos.
Não foi Pessoa, mas foi uma pessoa.
Estes resineiros visitavam-me frequentemente no meu local de trabalho e trocavam-me o pez pelas mãos :)
O pinhal beirão continua a ser um recurso renovável importante.
Naquele tempo já haveria nemátodo?
Resineiros engraçados...engraçados no falar...oioai eu hei-de ir á terra deles...
Mas são três rapazes engraçados ...
Parece que fui, mais uma vez enganado.
Obrigado Nuno, pela correcção, não é de Pessoa, no entanto é uma "máxima" engraçada.
Aqui ficam os meus pedidos de desculpa, pela falta de rigor, "A César o que é de César..."
Um exemplo para a "geração parva".
Para quem na altura ganhava 500,00 escudos por dia e tinha de trabalhar para aí 10 horas por dia, num trabalho que era pesado.
De facto é um bom exemplo para esta geração que acha que tudo está mal, é preciso vontade para superar as adversidades, a vida não é um caminho só de coisas boas, as pessoas pensaram é que agora era sempre a subir, mas existem muitos altos e baixos e a competência das pessoas vê-se na forma como consegue superar as adversidades e não na forma que usam essas mesmas adversidades para esconderem as suas próprias fraquezas.
"Recorde-se que em 1974 a produção de resina foi de 147 mil toneladas, enquanto 25 anos
depois se situou apenas nas 20 mil toneladas."
Já não há resineiros?
Portugal passou de exportador a importador de resinas, sobretudo do Brasil
Se os pinhais do Estado fossem resinados, podiam-se empregar de 2000-4000 trabalhadores e poupar milhões de Euros em importações, ouve-se agora.
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