Os montes e vales de Beijós são povoados há mais de 3.000 anos, segundo os vestígios milenares recolhidos no Museu Municipal de Carregal do Sal, graças sobretudo à abundância e à qualidade das águas das suas ribeiras e dos seus campos férteis.
Mas o nossa ecologia é frágil, especialmente quando sujeita aos abusos que se verificam a montante na bacia hidrográfica da Ribeira de
Travassos, que inclui os campos férteis de Beijós mas que prossegue para o Rio
Dão, onde desagua, a própria barragem
da Aguieira, o Rio Mondego, até ao mar.
Não há qualquer conflito entre os postos de trabalho numa empresa e o meio ambiente. Aliás eles só terão futuro, as pessoas que lá trabalham
só se podem sentir minimamente seguras, se a empresa fizer os investimentos que
tem de fazer para deixar de poluir os cursos de água públicos.
E enquanto não for construída uma
solução definitiva, os seus efluentes devem ser canalizados para estações de
tratamento. Custa dinheiro? Pois custa. Mas tem que
ser a empresa poluidora a assumir esses custos e não os milhares de utilizadores da água
pública das ribeiras e rios.
Os autarcas dos municípios de Nelas, de
Carregal do Sal e Santa Comba Dão não podem ficar de braços cruzados à “espera
que a tempestade passe”. Como reguladores e zeladores dos interesse público, também eles são certamente responsabilizados, politicamente e não só.
2 Comentários:
Fazendo análises da água da ribeira de 300 em 300 metros a montante, seria fácil certamente identificar a "torneira culpada" e fechá-la.
Quantas vezes temos que sofrer isto ?
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